Apresentação da Definitivamente Ibérica

A “Definitivamente” pretende criar sinergias entre empresas de tecnologia ibéricas, através da criação de uma comunidade física institucional e não exclusivamente de uma comunidade virtual e Social. Utiliza, técnicas de Web marketing pessoal e profissional disponíveis como ferramentas de trabalho, mas as sinergias de Tecnologia, são criadas através de contactos pessoais geridos pela Definitivamente, Unipessoal Lda.

Com a “Definitivamente” pretende-se que os clientes/distribuidores da Comunidade sejam “seguidos” e não “seguidores”, através do seu investimento em Tecnologia, tendo também em conta a definição de novos processos internos, mantendo as boas-práticas e adicionando modelos de negócio inovadores.

A “Definitivamente” não pretende ter ideias definitivas quando tudo está em grande mutação, mas tem de ser alguém que coopera com os investidores na tomada de decisão e que é normalmente reticente a dar o passo seguinte. As instituições para crescerem não podem estar dispostas a indecisões dos seus responsáveis e serem eternamente os nº2 no seu mercado.

Mediante as inúmeras tendências e a envolvência de mercado em TI, alguém tem de “colaborar” definitivamente e procurar consensos na definição de bons investimentos a serem efectuados pelos clientes.

sábado, 27 de setembro de 2014

Faz 3 anos que defendi a minha dissertação ...

... Como tal, vou dar a conhecer as minhas conclusões à data de Setembro 2011 por ter verificado que ainda se encontra em 2014 na ordem do dia, o dilema SOA vs SaaS no mercado tecnológico.

Assim em 2011 dizia isto, ...



Vão ser apresentadas as sínteses e conclusões, relativo ao mercado e de forma a dar resposta à questão inicial “Porque é que as principais Software Houses Portuguesas produtoras de ERP, continuam a apostar forte na distribuição tradicional em detrimento da distribuição em SaaS?

Fica confirmado através da pesquisa bibliográfica, que o ERP SaaS em Portugal é uma tendência de mercado, mas falta esclarecer quais as motivações para que os produtores de software ERP não investirem de imediato neste modelo de distribuição. Através da recolha de duas entrevistas com administradores de empresas e com o inquérito que reflete a opinião dos colaboradores de produtores/distribuidores fica confirmado que o ERP em SaaS para a grande maioria destas empresas ainda não é uma realidade e que também não consideram uma ameaça a curto e a longo prazo. Mas é uma realidade nas empresas, já estarem a desenvolver processos de avaliação do modelo, mas como consideram uma oportunidade com maior incidência a longo-prazo (78,85%) do que a curto-prazo (55,77%) estão na expectativa.

Para identificar os atributos de posicionamento das empresas Software House produtoras de ERP, nos segmentos SOA e SaaS foram definidas 9 (nove) hipóteses.

Iniciando com a hipótese “evolução do mercado ERP em Portugal”, esta diz-nos que a tendência do ERP é ir para a Cloud (nuvem), realçando que o ERP em SOA não está presentemente em decadência e que a sua transição para SaaS deve ser de uma forma prudente, tendo em conta que os distribuidores/parceiros apoiam esta decisão. No desenvolvimento deste novo projeto, as regras de negócio e know-how atuais da aplicação SOA, são aplicáveis no novo modelo e o investimento num novo interface gráfico contrariamente às espectativas não é um impeditivo de transitar para SaaS. 

As duas principais razões que se encontram para a hesitação é o facto de ainda não estar esclarecido ou “democratizado” o conceito de distribuição do modelo ERP SaaS no mercado e o facto dos grandes líderes de opinião do mercado como é a SAP® e a Microsoft®, ainda não terem apostado forte na conceção e transição para este produto.

Na hipótese “Mercado alvo do ERP em SaaS”, esta pesquisa permite conhecer que se está dependente do sector de atividade do cliente e ter que se conhecer objetivamente qual o mercado alvo para o ERP em SaaS, encontrando-se aí a resposta de que em primeiro lugar são as empresas Micro e pequenas empresas e só depois aparecem as Médias e as Grandes empresas respetivamente.

Tendo em conta a hipótese “Investimento inicial do cliente” o ERP em SaaS define-se como vantajoso para as empresas com poucos postos de trabalho, sendo por isso uma vantagem comparativamente com o ERP em SOA. Assim sendo, é um negócio de implementação que passa dos parceiros de negócio para os produtores de software.

Sobre a hipótese “preço de um ERP em SaaS” é importante que os produtores acrescentem valor às soluções de gestão. O pagamento mensal do serviço em função da faturação do cliente ou o não pagamento do serviço no primeiro de atividade por parte de startup`s ou microempresas, são decisões negativas e não aceites por parte dos produtores ERP. Mas é bem aceite o modelo de pagamento do ERP em SaaS ser mensal, assim como é considerado positivo o facto da remuneração do parceiro/distribuidor ser mensal e em função da utilização do software pelo cliente.

Com a hipótese sobre a “disponibilidade de um ERP em SaaS”, obteve-se informações de que é imprescindível as empresas produtoras, possuírem nos seus quadros recursos técnicos qualificados e multidisciplinares, assim como ter que garantir prioritariamente o suporte técnico 24 horas/dia * 7 dias por semana, e em alternativa secundária o suporte em 8horas/dia * 5 dias por semana. Os produtores têm de alterar o processo de correção de bugs ou não funcionalidades, adequado às novas necessidades dos clientes, assim como têm de ter como parceiros web e data-center, empresas que garantam o suporte e apoio a clientes de uma forma célere, de qualidade e eficaz.

Na hipótese “implementação de um ERP em SaaS”, apercebe-se que o cliente com necessidades de uma instalação simples e trivial, este produto deve ser considerado por parte destes. Sendo que a grande vantagem que ressalta, é a de que vem resolver o problema do deficiente suporte técnico por parte de alguns parceiros/distribuidores. Este produto está inserido, num modelo de negócio que se presta a sinergias, outsourcing e cross-selling, com empresas de serviços complementares.

Considerando a hipótese em que prevê a “conectividade e compatibilidade” do ERP SaaS, com outros softwares aplicacionais complementares e externos, dá como prioridade ter que se definir conceitos antecipadamente e com objetivos muito bem definidos. Para isso, deverá ser um recurso que conheça a tecnologia para fazer essa integração. 

Na hipótese sobre “atualizações de um ERP SaaS”, o produtor tem de adotar um modelo de updates e upgrades que vá ao encontro das necessidades evidenciadas pelos clientes, assim como ter a qualidade de serviço no máximo, para não correr o risco de perder clientes.

Por último, a hipótese “ambiente” externo do ERP em SaaS evidencia o facto de existir uma resistência à mudança por parte dos produtores e dos seus parceiros. 

Mas constata-se também, que aqueles que não estão completamente seguros em relação à sua própria resistência, são os próprios clientes de software.

Assim, com esta dissertação fica mais claro saber quais as 10 principais razões que justificam as opções de posicionamento estratégico atual e uma justificação para o não investimento no ERP em SaaS, por parte da grande maioria dos produtores de software ERP em Portugal:

1.        O ERP em SOA não está em decadência e a transição para o ERP em SaaS deve ser de uma forma prudente.
2.        Os “líderes de opinião” SAP®/Microsoft®, não estão a apostar forte no ERP SaaS.
3.        A não democratização do conceito de distribuição do ERP SaaS.
4.        O principal mercado alvo para já, serem as micro (startups) e pequenas empresas.
5.        O modelo de negócio atual tem o “risco” de passar do parceiro para o produtor ERP SaaS.
6.        Dificuldade em recrutar técnicos qualificados com competências multidisciplinares.
7.        Ter que garantir prioritariamente o suporte técnico 24 horas/dia * 7 dias por semana.
8.        O produtor não ter atualmente parceiros qualificados, para operar no mercado através de sinergias, outsourcing e cross-selling.
9.        Não ter um suporte técnico que assegure e garanta a qualidade de serviço no máximo.
10.    A resistência à mudança por parte dos atuais clientes de ERP em SOA.

Observa-se igualmente, que existe diferenças significativas de posicionamento estratégico nestes dois segmentos de negócio, o que determina a importância desta lógica de raciocínio para a competitividade das empresas

Pistas para investigações futuras

Em relação às pistas para investigações futuras, sugerem-se questões que não puderam ficar completamente definidas.

Assim, as pistas ainda em aberto baseadas neste processo de pesquisa e que estão relacionadas com o tema desta dissertação são as seguintes:

1.       Poder-se-ia tentar saber quais os sectores de atividade que mais se adequam ao ERP em SaaS.

2.      Eventualmente seria interessante conhecer em 2011 o posicionamento estratégico internacional face ao ERP em SaaS, das multinacionais líderes de opinião em ERP como são a SAP® e a Microsoft®.

3.      Poderia ser interessante saber também, como se democratiza um negócio como o ERP em SaaS.

4.      Seria importante, conhecer quais os perfis dos novos parceiros dos produtores de ERP em SaaS e que evangelização deve ser feita, no sentido de se adaptar à partilha de sinergias e valências.

5.      O que é necessário acontecer, para que o cliente tenha confiança em colocar os dados do seu ERP em SaaS num Data Center.

6.      Quais os requisitos e conteúdos padrão, que um produtor de software ERP em SaaS deve conhecer, para poder programar e planear a formação dos seus recursos humanos do suporte técnico, em função da necessidade destes se especializarem em multidisciplinas.


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